Clube dos Vigias

sexta-feira, 9 de março de 2018

DE FÃ PARA FÃ | Jessica Jones - 2ª temporada



Finalmente a espera acabou! Já assistimos a segunda temporada de Jessica Jones e como que “com grandes poderes vem grandes responsabilidades” vamos contar para vocês o que achamos dessa temporada que focou no passado de Jessica Jones, a personagem mais carismática possível.
Após o final da primeira temporada não ficou claro o que podíamos esperar para o futuro da série. Após a morte do Kilgrave, um dos melhores vilões já apresentado, a série teria uma boa história para se sustentar? O maior foco da segunda temporada da série foi Jessica Jones (Krysten Ritter) lutando com fantasmas do seu passado. 

Os cinco primeiros episódios apresentam vários dilemas que aparecem na vida de Jessica após dar cabo de um de seus piores fantasmas. Ela tenta continuar sua vida como investigadora particular, mas após matar Kilgrave, Jessica fica conhecida entre as pessoas. Ela se encontra em um momento da sua vida que não sabe se realmente é capaz de ser uma heroína em potencial como alguns acreditam que ela pode ser.

Apesar de ter perdido um pouco da essência da primeira temporada, a série ganhou no ponto de boas atuações dos personagens secundários. Malcom, agora assistente da investigadora tenta se curar do vício, se ocupando ajudando Jessica em suas investigações. A química dos dois personagens torna os diálogos interessantes. Jeri Hogarth se encontra perturbada após descobrir uma doença que te dá pouco tempo de vida, isso faz com que a personagem tome atitudes um tanto quanto precipitadas. Mas a personagem que apareceu com muita frequência e foi muito bem explorada foi Trish Walker, ela não é só mais a amiga de Jessica Jones, é nela que a investigadora confia em seus momentos de maior desespero.  

Mas vamos falar do que se trata esses cinco primeiros episódios. Jessica vem lidando com fantasmas de seu passado, ela tenta descobrir o que aconteceu nos 20 dias em que permaneceu apagada, como adquiriu seus poderes, se existem mais pessoas iguais a ela e quem está por trás de tudo isso. Isso deixa a trama da história com um pouco menos de ritmo do que foi apresentado na primeira temporada, mas nada que deixe quem está assistindo entediado.
Quando Jessica descobre pistas sobre seu passado e o que aconteceu após o seu acidente é que os vilões começam a aparecer. O que seria a IGH? E isso coloca na cabeça do seu espectador se o vilão seria mesmo tão bom quanto Kilgrave. 

Jessica e Trish vão atrás da IGH e acabam descobrindo que a cabeça por trás de tudo isso é um homem chamado Karl. Descobrem também que há uma mulher que tem os mesmos poderes que Jessica e a partir de então a série se alterna em descobrir qual é a motivação desses personagens o que se torna um pouco cansativo. Além disso a história se alterna na batalha de Trish contra o vício, algo que acaba deixando os episódios sem ritmo. 

A partir do sétimo episódio tudo começa a se encaixar e os verdadeiros vilões são mostrados. Em cenas que se passam no passado de Trish e Jessica na época da faculdade, é mostrado como a relação das duas protagonistas se torna forte, também mostra que Jessica já amou alguém um dia e que o vilão dessa temporada sempre esteve na vida de Jessica e ela nem imaginava que isso poderia realmente acontecer. Algo que particularmente nos deixa empolgadas é saber qual seria o desfecho dessa história e como Jessica ia superar os acontecimentos.



Nos últimos episódios os fantasmas de Jessica vêm mais à tona do que em toda a temporada. Algumas decisões erradas da personagem fazem que Kilgrave volte de uma forma que te surpreendente, mas que se encaixa perfeitamente na história deixando bem claro as fraquezas da personagem.
As mulheres são um ponto muito forte que a série traz. O assunto vem com um tom sério, mas que Jessica torna um pouco mais leve. Casos de estupro e abusos são mostrados, lembrando dos abusos que mulheres sofreram em Hollywood. Mostra como as mulheres podem ser fortes mesmo em momentos complicados de sua vida, um ponto muito promissor da temporada. Um ponto interessante é que todos os episódios foram dirigidos por mulheres e Melissa Rosenberg, showrunner da série deu uma declaração sobre isso em uma entrevista “ Não se trata necessariamente da perspectiva de uma mulher. Trata-se de uma perspectiva balanceada: uma protagonista forte, ou uma diretora, uma showrunner.... Isso não deveria ser fora do comum. ”

Ao final da temporada, apesar de algumas falhas tudo terminou de uma forma sólida com todos os pontos nos i’s. Krystal Ritter se mostra uma atriz divina novamente que se encaixa perfeitamente no papel de Jessica Jones. O lado mais humano de Jessica fica evidente, apesar de ela ser uma heroína com super-força mostra que ela continua sendo humana e tem fraquezas sim e aparentemente tem todos os seus fantasmas “curados”. A série deixa uma brecha para a terceira temporada onde Trish Walker pode nos surpreender e abrir um novo horizonte para a série. 
Já assistiu a segunda temporada de Jessica Jones? Conta para gente o que achou!