Um mundo onde existem mutantes perseguidos e não existem mais os X-Men e nem a irmandade dos mutantes para acolhe-los. Essa é a premissa da primeira temporada The Gifted, a segunda série sobre o universo X que surge da parceria entre a Marvel TV e a Fox.
A série gira em torno da família Strucker, o Pai Reed Strucker (Stephen Moyer) é um promotor que atua ferozmente contra os mutantes presos e vê sua vida mudar completamente ao lado de sua esposa Kate (Amy Acker) quando descobre que seus dois filhos Andy (Percy Hynes White) e Lauren (Natalie Alyn Lind) são mutantes.
A família então passa a ser perseguida pelo programa Sentinela, uma agencia do governo americano desenvolvida para conter ameaças mutantes. A única esperança deles é se aliar a resistência mutante o grupo que promotor ajudou a condenar vários membros.
No grupo mutante, Pássaro Trovejante (Blair Redford) , Eclipse (Sean Tale) e Polaris (Emma Dumont) se mostram como as principais lideranças de um agrupamento de refugiados que foge do preconceito e discriminação acentuada por um terrível atentado cujo a culpa foi atribuída aos mutantes e forçou o governo a endurecer as lei de perseguição aos Homo Superior.
Ao contrário do que se esperava, a série não busca se conectar muito com o universo dos X-men nos cinemas e sim busca inspirações nos quadrinhos para desenvolver seus principais dilemas e personagens.
Arcos como o dos irmãos Fenrir e tudo que cerca as pesquisas das industrias Trask , aquela mesma apresentada em “X-men -Dias de um futuro esquecido”, aparece aqui como uma instituição que segue associado ao governo na causa mutante , mas não construindo robôs gigantes e sim desenvolvendo experiências com mutantes presos para usa-los para missões para caçar mutantes foragidos.
E ao lado por trás da ideologia que permite as atrocidades aos mutantes está um grupo conhecido como “Os Purificadores” que é famoso nas HQs no Arco clássico “Deus Ama, o Homem Mata” onde ideologias de seitas integradas ao conservadorismo do governo permitem a perseguição e extermínio das minorias, no caso os mutantes.
A partir da metade da temporada a guerra entre humanos e mutantes começa a ganhar contornos mais interessantes. Enquanto o programa Sentinela estreita os laços com a Trask , a resistência mutante ganha o auxilio de um remanescente Clube do Inferno agora representado pelas trigêmeas Esmé, Sophie e Phoebe Frost (Skyler Samuels) que se infiltra ao grupo na tentativa de dividi-los.
E com essa premissa a série deixa excelentes pontas soltas para o futuro como por exemplo, a Polaris entendendo que deve seguir o legado do Pai e os mutantes seguindo sua sina entre aqueles que acreditam na coexistência das duas raças e aquelas que acreditam que a guerra entre elas é o único caminho. Se continuar seguindo o caminho já demarcado pelos quadrinhos é possível esperar boas referencias ao passado do clube do inferno e da busca pela diplomacia entre os mutantes sobreviventes.
Em relação a referencias e efeitos a série entrega ótimos fan services e easter eggs. Desde um ringtone de fazer muito trintão chorar até aquelas referencias para fazer o fã dos mutantes dos quadrinhos mais hardcore abrir um sorriso. Já os efeitos fica claro que foi feito um esforço maior no piloto em relação ao season finale, mas a boa repercussão da série pode reverter isso na sua segunda temporada já confirmada pelos produtores.