Clube dos Vigias

domingo, 29 de outubro de 2017

Cosplayers da Marvel | Mari Fitzroy (Viúva Negra)




Em eventos ou lançamentos de filmes, não é novidade que alguns fãs arrasam com os seus cosplays. Além de muito trabalho para desenvolver a roupa, os cosplayers tem uma profunda relação com os personagens que interpretam. E para entender um pouco mais sobre  este  universo, o Clube dos Vigias inicia uma série de entrevistas com Cosplayers do Universo Marvel.
A publicitária Mari Fitzroy tem muitas faces que poderia ser uma espiã. Além de  ser especializada em Cinema, vídeo e fotografia ela também dirige a página Sutiã Geek que fala sobre o universo de séries, filmes, Hqs de heróis de uma ótica feminina ela ainda descola um tempinho para encarnar a Agente Romanoff, a Viúva Negra nos principais eventos e estreias de filmes.
Confira o bate papo que o Clube dos Vigias teve com ela: 
Clube dos Vigias: Qual foi a sua motivação para começar a fazer cosplay?  Quando que isso começou?
Mari Fitzroy: Eu sempre observei cosplayers em eventos e achava fantástico, via vídeos dos cosplayers internacionais e todos detalhados e aquilo para mim era uma arte incrível. Ai pensei: eu amo festa fantasia e amo esses eventos. Por que não? Meu lado artístico falou mais alto então comecei e foi uma das melhores decisões que tomei.


Clube dos Vigias: Além da Viúva Negra, você faz mais algum cosplay? Qual?
Mari Fitzroy:  Eu sou perfeccionista, quero que a roupa esteja bem similar ao que vemos nos filmes, por isso ainda não fiz outro cosplay a não ser da Viúva, pois estou me aperfeiçoando nela ainda. Creio que depois que Vingadores acabar, eu faça outro, mas não sei, acabei me apegando a personagem.

Clube dos Vigias: Qual a sua relação com a personagem? O que ela representa pra você?
Mari Fitzroy: Eu sempre gostei de super heróis, desde pequena, eu queria ser o Wolverine (risos), é sério! Eu sentia falta de olhar uma personagem e me ver nela, até que conheci a Viúva Negra (e conheci graças ao filme, pois acompanhava mais quadrinhos dos X-Mens que eram os únicos que chegavam em minha cidade). Então eu vi uma mulher forte, independente, que está ali lutando apesar de tudo, não tem medo, eu simplesmente pensei: queria ser ela! Ela não precisa ser salva, ela sempre salva os outros! (risos)


Clube dos Vigias: Além dos filmes, você acompanha a Natasha nos quadrinhos ou livros?
Mari Fitzroy: Depois que a conheci nos filmes a acompanhei nos quadrinhos, ainda não li os livros que saíram, mas logo logo estarei lendo, acompanhei seu quadrinho, a história junto com Bucky (que é uma das minhas favoritas) nos quadrinhos do Soldado Invernal. Deu que acabei me identificando ainda mais com ela. 

Clube dos Vigias: Muito se fala sobre um filme solo da heroína, você gostaria de ver isso nos cinemas? Qual arco da personagem você acha que poderia ser adaptado?
Mari Fitzroy: Eu gostaria MUITO! Mas é bem difícil a Marvel fazer já que estão focados em introduzir novos personagens. Espero que eles mudem de ideia, pois seria um filme extraordinário. Gostaria muito que um arco sobre o passado dela fosse revelado, seu treinamento, sua trajetória até a SHIELD a encontrar, como ela muda do "mal" para o lado dos mocinhos e quando ela conhece o Soldado Invernal, esse sim, seria o grande momento pra mim! 


Clube dos Vigias: A personagem apareceu loira no trailer vazado e na arte conceitual de Guerra Infinita, você pensa em adaptar o cosplay? Ou talvez pintar o cabelo?
Mari Fitzroy:  NUNCA! (risos) Não pretendo sair do meu ruivo, tenho muito amor a ele. Torço para que a fase loira seja apenas uns instantes como fugitiva, mas não pretendo caracterizar esta fase não. Perucas são grande aliadas, mas na minha opinião perde um pouco a originalidade da personagem. Temos ainda Vingadores 4, espero que ela volte ao ruivo, ai creio que irei pular um dos filmes como cosplayer! (risos)

Clube dos Vigias: O machismo está muito presente no universo geek. Você sente isso como cosplayer? Se sim, como você lida?

Mari Fitzroy: Até hoje não tive esse problema, ainda bem, creio que estou rodeada de ótimas pessoas, ótimos homens. A Viúva Negra carrega um símbolo mais sexy, principalmente nos quadrinhos (haja PEITOS, risos), no filme a personagem é bonita, sensual e atraente sem ser vulgar, seus peitos não estão tão a mostra, sua roupa não é tão colada, por isso me apego mais a esse lado dos filmes, minha intenção é ser a personagem e não mostrar o meu corpo, falo isso, pois sei que muitas meninas optam pelo cosplay da Viúva para mostrarem o corpo, e isso acaba sendo percebido por alguns caras que acabam tomando mais liberdade. 
Existe muito respeito no mundo cosplay, principalmente em eventos grandes, se eu quero ser vista como a personagem e quero que percebam a arte que é fazer cosplay, as pessoas irão entender aquilo, me respeitar e todo mundo se divertir.
Mas a menina que fizer com o intuito de mostrar o corpo, os homens também irão perceber e podem, neste meio, aparecer pessoas mal intencionadas.


Clube dos Vigias: Qual a sua dica para as garotas que querem começar a fazer cosplay?
Mari Fitzroy: Façam! Apenas façam. (risos) É tão bom, tão legal e recebemos um carinho tão grande que é gratificante. Volto dos eventos leve, feliz, e fazer eventos de caridade ainda com o cosplay são melhores ainda, fazem bem pra a alma. 
Mas façam focando nessa arte, nessa felicidade, as pessoas saberão pelos detalhes, pelo seu olhar, por sua pose que você é a personagem.
Não faça se for apenas pra provar que é gostosa, pois as pessoas percebem e te veem como um objeto, não como uma cosplayer. 
Pra dar o primeiro passo, costure, se não sabe, procure uma costureira de confiança, entre em grupos, peça ajuda, dicas, é gostoso montar e é gosto fazer. 


Clube dos Vigias: Muitos cosplayers também costuram os próprios trajes. Você fez o seu, ou mandou fazer?
Mari Fitzroy: Se tem uma coisa que sou horrível é em costura (risos). Então procurei uma boa costureira e fui fazendo o traje, eu desenho, então foi fácil ela entender como é e irmos trabalhando juntas. Meu tio me ajudou como bracelete, meu avô também, foi um projeto praticamente familiar (risos). Mas foi gostoso, fiquei mais próxima ainda da minha família e todos se divertiram na hora de fazer e ficaram muito felizes quando viram prontos. 


Clube dos Vigias: Você tem alguma história engraçada envolvendo o cosplay que você pode nos contar?
Mari Fitzroy:Eu sou praticamente nova nesse mundo, participei apenas de dois eventos como cosplayer, os outros que fui minha roupa estava sendo atualizada, então tive que ir a paisana (risos), mas isso que foi engraçado, estava lá parada esperando meus amigos, que estavam vestidos de Thor e Loki, quando um menino pede para tirar foto comigo, pois eu lembrava a Viúva Negra. Mesmo eu estando longe de parecer a Scarlett Johanson, acho que algo o fez associar e tirei a foto, com roupas normais, foi estranho, mas foi divertido, pois perguntei pra ele: sério que você quer tirar foto comigo? (risos)
Mas acho que quando você pega um personagem que se parece com você na personalidade, no jeito, as pessoas irão associar, o que torna ser cosplay ainda mais mágico! Você sai da roupa, tira o cosplay, mas o personagem ainda vive em você.

Em breve, mais entrevistas com cosplayers serão publicadas. Conhece algum cosplayer com um trabalho legal que deve ser divulgado? Envie uma mensagem para gente.