Clube dos Vigias

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Cosplayers da Marvel | Maxx Figueiredo (Homem de Ferro)


Em eventos ou lançamentos de filmes, não é novidade que alguns fãs arrasam com os seus cosplays. Além de muito trabalho para desenvolver a roupa, os cosplayers tem uma profunda relação com os personagens que interpretam. E para entender um pouco mais sobre este universo, o Clube dos Vigias inicia uma série de entrevistas com cosplayers do universo Marvel.
Esta semana conversamos com Maxx Figueiredo, um cara incrível que além de ser a cara do Robert Downey Jr e arrasar com as armaduras do Homem de Ferro, também faz um trabalho muito bonito chamado Super-Heróis da Alegria (SHA). O SHA é um projeto sem fins lucrativos, que promove a interação entre pessoas em situação de vulnerabilidade e seus heróis. Vamos saber um pouco mais sobre o Maxx e o projeto na entrevista abaixo:

Clube dos Vigias: Maxx, você é muito parecido com o Robert Downey Jr, quando você percebeu isso? Ou foi alguém que te avisou?
Maxx: Sempre me compararam com alguém, quando criança era Michael Jackson, depois Renato Russo, Lulu Santos, mas foi o Robert Downey fazer o filme Chaplin que começaram a falar que parecia o ator. E quando ele fez o Homem de Ferro foi geral. Onde passava falavam que eu era parecido.



Clube dos Vigias: Foi por conta desta semelhança que você começou a fazer cosplay? Qual a sua motivação para começar nesta arte?
Maxx: Sim. Foi mais pela semelhança. Sempre via o pessoal vestido mas nunca tive interesse, depois disso até me aventurei na parte de cosmaker também.

Clube dos Vigias: Nas fotos vemos várias armaduras diferentes, você tem quantas já?
Maxx: Agora estou com 3, mas sempre precisa fazer manutenção. Quero ter 10 até o final do ano que vem.

Clube dos Vigias: Você está por trás do projeto SHA (Super Heróis Da Alegria), o que levou você a se envolver com essa ação tão bonita?
Maxx: O SHA é um balizador de egos. As pessoas entram no SHA por vaidade, uns para ajudar os outros mesmo, outros para pegar mais eventos. Mas aos poucos vão se identificando e vendo que o projeto é sério e acabam ou saindo do grupo, ou ficando e se dedicando de verdade. Não procuramos ser mídia para produtos ou serviços. Vemos a criança com criança. Não como oportunidade de negócios. Não queremos levar heróis ou princesas de forma hipócrita, artificial. Não queremos vender imagem de "fazedor de bem". Oferecemos alegria, catarse pura. O depressivo vê o mundo como ele é. Nós levamos a magia, a fantasia, a alegria para nela, o paciente encontrar forças que justifiquem uma pré disposição para um tratamento ou uma ideologia mais forte que ele ou ela não encontra na vida real, onde o poder está nas mãos da polícia, dos governantes e das autoridades com seus pobres poderes. Nesse momento, a depressão some para dar lugar ao sorriso e por ele um mundo novo e mais colorido. O herói ou a princesa são mais fiáveis que os poderosos de nosso mundo real. Mesmo que mágicos, eles têm atitudes que podemos ter. E isso nos inspira! Inspira os pacientes e inspira quem faz os personagens. Cada vez mais querer ser melhor. Melhor que já foi ontem, não melhor que outra pessoa.

Comecei esse projeto sem saber onde daria, e hoje vejo que ele está me conduzindo pela mão a lugares que só me trazem felicidade e maior consciência nos atos. Não sei se poderia ter a quantidade de experiência que tenho no SHA se tivesse em alguma empresa, ou agência de publicidade. O SHA é único. Acredito que comecei a montar o SHA para atender a vontade de outros heróis que queriam ir comigo e hoje virou o que é hoje. Um grupo de pessoas verdadeiras de carne e osso com um coração voltado pra criança. O foco é a criança, não a auto promoção. Quando olham nosso site, quase não se vê as crianças. É para protege-las de uma “super” exposição, queremos que ela se veja linda, não doente. Aquele momento é passageiro. Logo ela vai melhorar. Não estamos lá para salvar ninguém. Somos tão heróis quanto elas. No caso delas o vilão é outro, um câncer, um transplante, uma gripe, uma amputação. Mas são tão heróis e guerreiras quanto nós. Nessa metáfora, muitos de nós acabam se emocionando e trabalham problemas em suas vidas, ao mesmo tempo que ajudam outras. Não que estejam fazendo terapia, mas são vivências tão fortes que fazer a gente refletir e pensar que não vivemos só. Precisamos uns dos outros. Não existe autoajuda.
Estamos todos conectados. Se um adoece, todos adoecem. Pensando assim, tentamos curar e levantar a energia de todos que caem perto de nós. Para que possamos estar felizes sem culpa de não ter feito nada pelo outro. Orgulhosos de sermos úteis a alguém, sem querer nada em troca. O próprio destino nos presenteia.

Clube dos Vigias: Como é ver a alegria no olhar das crianças ao verem os personagens favoritos delas?
Maxx: Emocionante. Não tem palavras.

Clube dos Vigias: Como as pessoas podem contribuir com o SHA?
Maxx: Existem várias formas. Doando fantasias, ou tecidos. Confeccionando nossas roupas. Ajudando no translado, ou alimentação. Basicamente a logística para executar nossas ações. Pode ajudar também diretamente, se você gosta de estar em campo, como personagem. Pode contribuir também de forma indireta, administrando nossas redes sociais, fotografando nossos eventos. Ou cedendo espaços físicos para nossas ações de arrecadação. Ou ainda, com algum talento ou qualidade que você tenha e que veja que pode somar à nossa proposta.

Clube dos Vigias: Qual a sua dica para quem quer começar a fazer um cosplay?
Maxx: Procure um bom cosmaker. Uma roupa legal faz até você acreditar mais no seu personagem, e isso fará você se sentir bem melhor.

Clube dos Vigias: Agora voltando um pouco a nossa atenção para Marvel, conte-nos um pouco do seu lado fã do homem de ferro. Você acompanha ou já acompanhou ou quadrinhos?
Maxx: Li muito quando criança e fiz muitos quadrinhos quando adulto. Hoje quase não tenho tempo de ler, mas procuro me manter atualizado.

Clube dos Vigias: O que você tem achado do rumo que o Tony Stark tomou no cinema?
Maxx: (...) Eu achei bacana. [Mas] se estivesse no lugar dele, (...), eu sairia para o espaço. Estão muito limitados pela tecnologia e ética local. Só o espaço me seduziria sendo Tony Stark. (...)

Clube dos Vigias: O que você achou da participação dele em Homem-Aranha: De Volta Ao Lar?
Maxx: Uma bela isca pra verem o filme. O lado adulto no filme. Tenho um filho de 14 anos, e me vejo muito em situações como as que Tony e Peter passam no filme. Aliás, meu filho se chama Pedro. Risos

Clube dos Vigias: Qual a sua expectativa para Guerra Infinita? Você acha que ele deve ter um fim trágico para não saturar o personagem?
Maxx: O personagem é bom. Só satura se não darem vida e dinâmica para ele. [Precisam de] bons roteiristas! Se ficarem só fazendo inserções de piadas sínicas, vai saturar. O ator é bom, segura o drama, podem abusar dele. Super-homem não morreu para evitar saturação. A morte não apaga o personagem. Tira ele de cena, mas se ele for bom, ele volta.

Clube dos Vigias: Já saíram algumas fotos da nova armadura alienígena, você pensa em fazer uma para você também?
Maxx: Esta armadura alienígena é linda, mas tem zero mobilidade. Muita computação gráfica para preenche-la. Se fosse fazer, ela teria que ser muito flexível. Prefiro apenas ver no cinema. Para poder usar a armadura tem que ser “vestível”! E todas elas são bem complicadas. Sentar então... Raro ver um cosplayer do Homem de Ferro sentado.

Para entrar em contato com o Maxx, visite a sua página no Facebook. Para mais informações sobre o SHA, você pode visitar o site ou a página no Facebook
Em breve, mais entrevistas com cosplayers serão publicadas. Conhece algum cosplayers com um trabalho bacana que deve ser divulgado? Envie uma mensagem pra gente!