A melhor forma de superar traumas é lidar com eles. Em alguns momentos encara-los de frente.
Se de alguma forma Billy Russo (Ben Barnes) se recuperou dos ferimentos no rosto causados por Frank Castle (Jon Bernthal) na temporada anterior, as cicatrizes deixadas no vilão representam um corte bem mais profundo na cabeça do personagem.
No novo ano, Frank recomeça sua vida com um novo nome e na estrada. Bem longe de Nova York ele tenta esquecer o passado e recomeçar.
Só que a adrenalina move o Justiceiro e por uma questão de necessidade ou vício nela, ele resolve impedir que a jovem Amy ( Giorgia Whighan) seja morta por um grupo paramilitar chefiadas por um religioso e misterioso cara chamado John Pilgrim (Josh Stewart).
E nessa jornada, entende que sua missão como anti herói não acabou estava apenas começando.
Enquanto isso, em Nova York a agente Madani (Amber Rose Revah) tenta lidar com seus traumas enquanto tenta vigiar seu ex namorado Billy Russo que segue preso no hospital sendo tratado pela misteriosa terapeuta doutora Krista Dumont (Floriana Lima). Russo perdeu a memória depois dos eventos do final da primeira temporada e não lembra de nada que aconteceu entre ele Frank. Seus pesadelos com uma caveira que o ataca é um aviso de que terá que lidar com esse trauma.
Fora do núcleo de NY a improvável dupla entre Frank e Amy rende bons momentos nessa temporada, é curioso ver o descontrolado Frank tentando lidar com uma adolescente problemática dentro sua sua visão de mundo .
Assim como nas maiorias das séries da Netflix , os heróis precisam de duas temporadas para seguirem sua jornada para entender seu papel. Com o Justiceiro não é diferente. Nessa segunda temporada, vemos Frank entendendo que talvez ele precise ir atrás de confusão por que senão ela irá atrás dele.
Um dos pontos fracos dessa temporada é a jornada de Billy Russo, que chega ser entediante as vezes .
Em contra partida, Jon Bernthal evoluiu muito bem no personagem entregando cenas de ação dignas dos fãs de Frank Castle.
Novamente, a nova leva de episódios se posiciona distante do universo de séries Marvel da netflix mesmo com a participação de Karen Page, não agrega muito ao universo. E levando em consideração os cancelamentos recentes das séries da Netflix não faria muito sentido.
Um ponto alto dessa nova temporada e vale destaque são as cenas de ação. As lutas no banheiro do Bar e na academia e a sequência onde Frank tá preso numa delegacia em uma cidade do interior são excelentes e entregam tudo que queremos ver do personagem.
No final série entrega um final pouco inspirado, mas deixa pontas soltas bem interessantes para uma vindoura terceira temporada. Frank entende sua missão no pós luto da morte de sua família e concede uma bela dança aos fãs.
Agora é só esperar, e torcer, para ele recarregar as munições para uma nova leva de episódios.